Novas oportunidades de caserna |
II - Será menos própria numa relação hierárquica, mas está dentro daquilo que vulgarmente se designa por “linguagem de caserna”, tal como no desporto existe a de “balneário”, em que expressões consideradas ordinárias e desrespeitosas noutros contextos, porque trocadas num âmbito restrito (dentro das instalações da GNR) e inter pares (o arguido não estava a falar com um oficial, subalterno, superior ou general, mas com um 2º Sargento, com quem tinha uma especial relação de proximidade e camaradagem) e são sinal de mera virilidade verbal. Como em outros meios, a linguagem castrense utilizada pelos membros das Forças Armadas e afins, tem por vezes significado ou peso específico diverso do mero coloquial.
Mas que doutrina! Ver aqui o Acórdão completo
3 comentários:
Creio que se podetirar uma ilação: o uso do vocábulo "caralho", para ser ofensivo, depende do contaxto em que é proferido.
Faz-me lembrar a tradição histórica antiga, que nos narra que o mesmo termo era usado nos séc's XVI e XVII pelos comandantes das naus, quando queriam castigar algum marujo incumpridor e lhes ordenava: "Vai para o caralho!", que significava então terem de subir à verga colocada no mastro mais alto do navio... (não sei se é verdade, mas tem alguma lógica).
A verdade é que a expressão é muito usada hoje em dia e com um significado semelhante.
Prezado, no acórdão não se cita as vergas mais altas, justifica-se como questão de "mera virilidade verbal"... E o mais.
Tem toda a razão e prometo que vou já anotar no meu bloco de notas que, afinal, a falta de educação é, ou pode ser, segundo o Mmº Juiz, "sinal de mera virilidade verbal"... (Eh Eh Eh...)
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