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Para o que é, o curso até não é caro (195 €, sem IVA e dedutível de impostos), sobretudo para desembargadores, juízes militares, jornalistas que vão à TV pensando que aquilo é tudo noite da má língua e inglês técnico, e, já agora, para diplomatas, porque chegou o momento da fortíssima diplomacia económica e se não souberem falar em público, nem um pijama em segunda mão serão capaz de vender no Abu Dabi. Ah, sim!Também útil para os secretários de Estado e, sobretudo, para a subsecretária de de Estado Adjunta pois os seus ambientes passam a ser muito diferentes dos da Câmara do Porto... Claro, Paulo Portas está excluído porque seria ensinar o padre nosso ao cura.
Por exemplo, as matérias da Comunicação e Linguagem Vocal versadas no curso (atitudes comunicacionais, postura, olhares, respiração diafragmática, expressão facial e gestual, importância da audiência, discurso pessoal...) são, sem dúvida, condição sine qua non para não nos confrontarmos com tristes figuras. O curso tem a vantagem de ter horário pós-laboral pelo que não prejudica a promoção da Marca Portugal e são dois dias (Lisboa, 7 e 8, seguindo-se a Madeira, Porto e Açores).
Isto até parece publicidade redigida, mas aquele acórdão levou-nos a pensar em muita coisa e uma delas é que é um serviço público saber falar em público. Certa gente que julga que está falar sempre com o 2.º sargento, seria melhor estar calada. Algumas intervenções nos seminários diplomáticos, então... nota-se que há ali graves problemas de respiração diafragmática.
E terminou. a Publicidade institucional, a custo zero. Como sempre.
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