20 junho 2012

Não se diz isso

A propósito da transparência informativa das Necessidades, não se diz aqui que o MNE não emita notas, uma ou outra enviada à Lusa para que a agência noticiosa faça o seu trabalho, que o faz, também não se duvida. E depois? Conforme o jornal, televisão ou rádio assim também o trabalho oficioso da Lusa é aproveitado desta ou daquela forma, com maior ou menor destaque ou pura e simplesmente posto de lado por critério de oportunidade editorial. Assim, por exemplo, ontem (terça) o MNE enviou à Lusa uma nota a dar conta de que o ministro "deu instruções à embaixada de Portugal em Israel para que sejam pedidos esclarecimentos às autoridades de Telavive sobre as condições de detenção do cidadão palestiniano Nabil al-Raee", cidadão este casado com uma portuguesa e referindo-se que, na segunda-feira, o Palácio das Necessidades "mostrou preocupação" junto da embaixada de Telavive em Lisboa "relativamente a este caso, e sublinhou a condenação pela União Europeia deste tipo de detenções". A Lusa certamente fez o seu trabalho mas, pelo que nos consta, apenas o site da TVI24 aproveitou essa matéria. Nos tempos que correm, em qualquer chancelaria organizada, sejam posições oficiais, declarações, comunicados ou as notas de imprensa figuram de imediato nos sites oficiais. No site oficial das Necessidades isso não acontece. São apenas umas notícias tardias e espaçadas sobre onde o ministro foi depois de já ter ido, o que o ministro disse adivinhando-se o teria para dizer, ou com quem o ministro se encontrou porque par ir terá de se encontrar com alguém. Se a questão é a da imagem do ministro, não ajuda. A Lusa não pode fazer o que compete ser feito pelas Necessidades de forma continuada, transparente, fiável e segura.

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