NOTADORES @ Estatuto da Carreira Diplomática...

@ Do conselheiro de embaixada Couto do Carmo:

Sou de opinião de que esta nova versão, ainda em projecto, do Estatuto Diplomático, é muito má e contém algumas situações que são perigosas.
Claramente, ao ler com atenção este projecto ressalta que de futuro a Hierarquia - a máquina tritoradora do MNE - estará mais defendida através da tal Instância e quebrará, de uma vez por todas, com qualquer "veleidade" de se contestarem resultados e decisões, como por exemplo nas promoções e colocações.
Por outro lado, considero inaceitável que se possa passar um diplomata para o quadro técnico, dentro de certas circunstâncias, quando ele/ela ao concorrer e ter ingressado fê-lo a pensar na carreira específica de diplomata e não de técnico, porque, nesse caso, concorria à administração pública.
A Hierarquia do MNE com todas estas sinistras artimanhas passará a ter cordeiros obedientes e afastará todos os contestatários, os que possam, no futuro, vir "a incomodar".
E este projecto volta a consagrar uma casta a dos ministros/embaixadores que são os únicos que poderão continuar na carreira até aos 65 anos e os únicos com direito a jubilação. è uma situação e privilégio injusto que prevalece no actual Estatuto, e que ao que vejo continuará a prevalecer.
Aos jovens diplomatas só lhes resta, para melhor defesa, como já li, inscreverem-se num partido político dos 3 que comem até hoje da malga do poder. CDS, PSD, PS.
A ASDP deveria ter apresentando um projecto mais justo, mais democrático, menos castrador em vez deste alçapão.
Mas cada classe profissional tem o que merece.