O lugar específico para o qual convergiu o interesse português foi o de DG da Agricultura, pelo facto de os restantes postos em aberto terem já como que candidatos «naturais» na Comissão – todos, aliás, viriam a ser ocupados por funcionários do quadro da Comissão, como, de resto, sucede desde há vários anos.
As mensagens recebidas pelo governo português da Comissão tinham um ponto comum: nada podia ser garantido se a personalidade a designar não fosse aceite como uma escolha natural pelos seus pares, o que praticamente equivalia a ter de seleccionar uma pessoa oriunda dos quadros da própria Comissão. Tal não era dito, mas estava implícito.
Guterres começou por testar internamente o nome de Carlos Costa, chefe de gabinete do comissário cessante, Deus Pinheiro. Talvez por essa qualidade, Durão Barroso opôs-se firmemente a que fosse tentada tal candidatura – das poucas de origem exterior que talvez tivessem possibilidades de vingar, por ser uma figura bastante prestigiada em Bruxelas e com um trabalho reconhecido há muitos anos na máquina comunitária.
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