29 setembro 2003

Mas quem disse o contrário?

Muito embora Notas Verbais não sejam caixa de correio do vasto anonimato que suporta o sistema de «paredes com ouvidos» do Palácio das Necessidades, há comentários cujo registo é um dever. É o caso do que se segue:

O tom justo
Embora não concordando com os métodos queirosianos das bengaladas, o Embaixador Silveira de Carvalho tem algumas contas a ajustar com as "Notas Verbais" antes de ir para o Canadá. De resto a nova geração do Ministério dos Negócios Estrangeiros está ciente que pela primeira vez um Director Político marcou o tom.
Com efeito, o Embaixador Silveira de Carvalho conseguiu afirmar-se na nova União Europeia, como se sabe em processo de alargamento acelerado, e fazer a ligação às novas gerações. Tendo na sua dependência funcional o Gabinete de Assuntos Económicos imprimiu à diplomacia económica um novo élan. Por outro lado, nunca as relações com o Ministério da Defesa foram tão boas.
O "amigo" Seixas da Costa foi sempre olhado de través pelo Poder Político pelo que lhe são assacadas responsabilidades concretas nos casos Costa Neves e Cutleiro.
Mesmo de forma sucinta, a verdade deve ser reposta.
"Honni soit qui mal y pense!"

KN


NV: Mas quem disse o contrário? Correm as mais diversas versões no Palácio das Necessidades sobre o «caso» Silveira de Carvalho. Uma dessas versões dá conta de que o embaixador acabou por ser o «bode expiatório» de uma tensão entre o gabinete de Durão Barroso e o MNE. Duvida-se. Naturalmente que nunca NV questionaram o nível profissional de Silveira de Carvalho que se manteve ainda bastante tempo com Teresa Moura após a saída de Seixas da Costa do Governo.

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