Para NV tanto importa que Seixas da Costa regresse a Nova Iorque ou que de lá tivesse saído para Nova Delhi em vez de Viena/OSCE, como aconteceu. Mas seguramente o que muito, muito mesmo, nos preocupa é o procedimento das instituições do Estado, ou melhor: dos titulares.
Por isso, o caso do Embaixador Seixas da Costa merece reflexão, designadamente o episódio virtual da sua «ida» para Londres como chefe da missão portuguesa junto do Reino Unido e que, custa-nos a acreditar, em vez de prefigurar uma Razão de Estado acaba por ter que ser vista como Brincadeira de Estado.
Só que:
1 – o Governo não cumpriu o compromisso da colocação de Seixas da Costa na Missão junto do Reino Unido, propondo outro diplomata para Londres;
2 – o Presidente da República que era o garante do acordo, silenciou-se e procedeu sem escrutinar o processo.
É difícil imaginar-se total ou mesmo alguma solidariedade, neste caso, entre o diplomata Martins da Cruz (embaixador full rank e MNE) e o político Durão Barroso (ex-MNE e agora primeiro-ministro).
Não é difícil mesmo supôr-se tensão entre os gabinetes do PM e do MNE. Barroso não pode obviamente obrigar Martins da Cruz a dar a cara por decisões sem honra.
Menos difícil será avaliar como Jorge Sampaio usa uma competência própria em matéria de relações internacionais. Não usa.
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