Dez factos.
1 - Entrega da maqueta de uma ponte concebida em 1966 por Edgar Cardoso, para a travessia do Rio Longa (na estrada Luanda-Lobito).
2 - No ponto central das relações luso angolanas, pode ser arvorada à categoria de «facto» a declaração de que a nível político ou de governos, melhor dizendo a nível de intenções não vinculativas, a questão da dívida angola (1.700 milhões de euros) está resolvida. Mas falta o resto, o que deveras é o mais importante embora resto esse reduzido a «questões técnicas» ou a pendente «montagem de um esquema financeiro», por outras palavras, pendente de financiamento na banca internacional que permita a Angola iniciar o pagamento. Para 3 e 4 de Novembro uma comissão técnica luso-angolana para ultimar pormenores sobre o pagamento da primeira tranche da dívida. Facilmente resolvido, obviamente, será o cumprimento do «acordo político» que implica o perdão de parte dessa dívida.
3 - Assinatura do II Programa Indicativo de Cooperação para o triénio 2004-2006, orçado em 42 milhões de euros (o anterior programa que correspondia a um patamar financeiro altamente apreciável, registou uma taxa de execução em pouco mais que metade...)
4 - Inauguração em Luanda de um Centro Português de Negócios, estrutura de apoio logístico e administrativo provisório para empresários portugueses que queiram começar a operar. Do reclamado Centro de Excelência Empresarial, iniciativa portuguesa no quadro da CPLP, nem se falou.
5 - Assinatura de um acordo acautelando reciprocamente descontos para a segurança social no país de origem.
6 - Apoio português ao renascimento da Feira do Livro de Luanda em 2004, ligando-se isto ao patrocínio para duas antologias de ficção angolana com apoio do Banco de Fomento de Angola (do Grupo BPI, que inaugurou a sua sede de 13 pisos), relacionando-se aquilo também com a inauguração de um Centro de Língua Portuguesa em Benguela, e culminando tudo na esmagadora criação de duas bolsas de estudo em Portugal para escritores angolanos.
7 - Declamação de um poema de Camões pelo primeiro-ministro angolano, Fernando dos Santos «Nandó». Por certo, o facto mais comovente.
8 - Sobre terreno de facto, anúncio da inauguração em 2005 da nova Escola Portuguesa de Luanda (empreitada de 500 mil euros) por sinal na Avenida Ho Chi Min, próximo do Largo 1.º de Maio.
9 - Aceitação por José Eduardo dos Santos do convite de Jorge Sampaio para visita oficial a Portugal (Durão Barroso deseja que esse facto ocorra em 2004).
10 - Assinatura de um protocolo entre a GALP e a SONANGOL para acções conjuntas na exploração do petróleo de São Tomé e Príncipe.
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