NV sugerem a leitura de um estudo de Maria da Graça Ventura (do activissimo Instituto de Cultura Ibero-Atlântica, a partir de Portimão, como é possível!)
O estudo está aqui, sim por aqui (cliquem na mãozinha e leiam se a insónia apertar) e explica muito do afastamento quase cultural entre o México e Portugal, com a mão espanhola no meio. Transcreve-se a conclusão de Maria da Graça Ventura:
«A extraordinária extensão da rede criada pelos mercadores portugueses corresponde à vastidão do campo de intervenção da Inquisição que no México, em Lima, Cartagena e em Sevilha (após a Restauração) destruiria pelo sequestro e pela fogueira homens tecedores de fortunas dinamizadoras da economia colonial. A cartografia mexicana perpetuaria a presença de judeus e de portugueses através de topónimos evocativos de crenças, sonhos e memórias - Monte Sinai, Terra Prometida, Nueva Israel... El Éden, La Esperanza, El Olvido... El Portugués, Portugués, Silva, Guadiana, Castilblanco, Ébora ... O Atlântico construiu-se como espaço de diálogo e cruzamento de destinos que se ramificaram da Europa à América.»
Mas há mais. Lá chegaremos.
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