Edouard Dayan, o candidato francês vencedor na UPU, manteve por sua vez a apresentação oficial e que pode ser vista clicando AQUI.
Carlos Silva, em inglês, português, francês e alemão diz que «o Mundo é a minha casa», apresenta «A minha visão», o meu, a minha, nada de nosso nem de vosso, do meu dele, da minha de todos e diz na primeira pessoa também: «Tenho 51 anos, sou economista, casado e vivo em Lisboa. Gosto de animais e do campo. Nos meus tempos livres, faço jardinagem, leio e ouço música». Um site muito bonito, muito movimento, setas, números, roscas, parece até cinema. Mas... indo ao que deveria ser o essencial, justifica-se: «Porque vários membros da UPU me incentivaram e porque o Estado Português e os CTT me apoiaram incondicionalmente, decidi assumir esta candidatura».
Edouard Dayan, pragmaticamente em inglês, francês, espanhol, russo e árabe (claro), põe de lado os rodriguinhos, assume logo à entrada que «as autoridades francesas depositaram a (sua) candidatura em 23 de Fevereiro de 2004, em Berna» e que «esta candidatura comprova a vontade da França em fazer beneficiar a comunidade postal mundial do dinamismo, experiência e capacidade (do candidato) para antecipar e resolver, pelo diálogo e pela compreensão, os mais complexos problemas». E vejam, vejam como descreve o curriculum em que se dispensa de dizer o que faz no jardim, se gosta ou não de animais, dispensando o eu, o mim e a minha.
O Prof. Adriano Moreira tem razão ao dizer e repetir que há gente que se desgraça por conjugar o verbo Eu. Não há diplomacia que salve esta conjugação quando em causa estão razões de Estado.
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