20 outubro 2004

Luanda. Um Adido de Defesa sem lógica

Sim, Luanda. É verdade. E é também verdade que o ministro António Monteiro não tem culpa. Mas é mais uma.


Portugal tem contado na Embaixada em Luanda, como Adido de Defesa, o Major-General José Carlos Mendonça da Luz. Constatámos no terreno: o nosso general era o mais graduado Adido de Defesa nesse país onde, quer se queira quer não, Portugal pontifica. Além disso, e é o mais importante, o major-general Mendonça da Luz era o adido mais respeitado nos meios diplomáticos (e políticos) daquele país africano.Mas vai sair. E a questão começa com quem vai entrar. Pois entra um Comandante-de-Mar-e-Guerra como Adido num País que praticamente não tem Marinha - Angola tem mais almirantes que marinheiros. Herança de Teresa Gouveia e legado de quem reduz as nomeações de adidos militares a rotatividades entre os três ramos das Forças Armadas, como se o ser adido de Defesa em Luanda fosse um bolo. É como que exigir à roda que seja quadrada ou ao quadrado que seja roda.

E Sampaio, nesta hora de serenidade, não vê isto? Naturalmente que não compete a NV descrever o que um Adido de Defesa pode, deve e tem que fazer em Luanda... A cada Segredo de Estado corresponde um Segredo Verbal.

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