
«Meu caro, outrora aprendia-se na faculdade que o nosso Presidente da República tinha um poder moderador, que era uma semi-espécie de cada um dos poderes moderados... Agora? Agora, meu caro, temos um Presidente da República que tem o poder comentador! Caramba! Ele não modera! Só comenta! Vai a Cáceres, comenta. Vai a Huelva, comenta. Vai ao Alentejo, comenta. Até no banquete que lhe oferecido pelo presidente da Itália, Carlo Azeglio Ciampi, foi comentador. Recebe embaixadores na véspera de partida para as capitais e comenta, comenta, comenta. Deixou de moderar! Adeus lições de faculdade!»

E é também verdade que o Embaixador Agapito ficou tempos e tempos calado a olhar para aquele tecto como se tivesse encontrado nalgum dos azulejos o exemplo acabado do poder comentador. «Adeus poder moderador, adeus... Site em construção...» Ainda se ouviu ele dizer.
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