E é assim. Em Portugal fala-se de diplomacia, política externa e relações internacionais como se fosse futebol. Fala-se de Annan como se fosse ali Zeca Manco, que nãio sabemops se é do Guimarães, do Pontasantense da II-B ou dos infantis de Belém. Redigem-se pesadas notícias sobre a agenda de Annan, sem falar com Annan, sem uma telefonema, um e-mail que seja para Fred Eckhard que, de resto, até desconhecem que é o porta-voz de Annan e portanto nem número de telefone, nem endereço de mail têm. Nem se diz que Annan, depois da estafa de Madrid, viaja para o Médio Oriente - na segunda-feira lá estará em Ramallad para encontro com Mahamoud Abbas...
Ora é este Portugal que deixou de nomear ministros na e pela comunicação social, é quem faz a agenda de Annan, lhe marca viagens e romarias a Lisboa, quem nomeia e convence candidatos a altos comissariados e se calhar até decidirá pela Assembleia Geral das Nações Unidas que é quem tem a palavra final.
Este caso de Annan em Lisboa faz-nos lembrar o da onda gigante do Algarve. E - desculpem algumas sumidades políticas que sopraram demais para a comunicação social - mas comportaram-se como as autoridades que no Algarve inventaram a onda. Daí que NV não tenham embarcado e com isto respondemos a uns 30 ou 40 mails acusando-nos de distraídos, por aí fora...
Foi um episódio lamentável: a Presidência da República desmente, as Necessidades oficialmente desmentem e tinham que o fazer para que não fosse o porta-voz de Kofi Annan a ter que colocar os pontos nos iis não no Benim que apenas tem um i, mas em Portugal onde falta o único i de seriedade. Mas voltaremos ao caso, porque há mais para dizer.
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