28 abril 2005

Briefing da Uma. Quem vai para Sevilha. Freitas/Brasil.

Briefing da Uma. Pois é: «a tolerância é a bondade da inteligência». É difícil discordar de Jules Lemaïtre.

1 – Consulado-Geral em Sevilha
2 – Freitas/Brasil
3 – Instituto Camões/Barómetro NV
4 –A conversa de ontem
5 – Cavaco/Diplomacia Económica

1 – (NV não podem adiantar qual o diplomata que vai para o Consulado-Geral em Sevilha) – «Os pretendentes para a representação consular na capital da Andaluzia foram muitos, muitos e… de alto grau. Sevilha é um posto, pelos vistos muito atraente. Mas como o diplomata contemplado apenas rumará para essas bandas vizinhas do Algarve, apenas para o final do verão, até lá pode haver alteração.»

(Mas, por favor, diga-nos o nome, ainda que a intenção possa mudar, diga-nos por favor…) - «Já que insistem, adianto-vos que para Sevilha irá em princípio o ministro plenipotenciário de 1.ª classe, José Manuel Bulhão Martins.»

(Um ministro de 1.ª para Sevilha?) - «Exactamente. Bulhão Martins ascendeu a esse grau da carreira em 1999 e vai para Sevilha depois de vasta experiência na Comissão Internacional de Limites entre Portugal e Espanha.»

(Tem a sua lógica…) – «Estamos em crer que as Necessidades desejam contar em Sevilha com um diplomata que esteja bem por dentro do dossier do litígio fronteiriço que, apesar de invocadamente não constar na agenda diplomática, consta no terreno. Como os senhores sabem, o presidente da Junta da Estremadura e seus peritos circunstanciais, poderão dar o Prémio Carlos V a qualquer coisa deste mundo menos à Comissão de Limites do MNE. Além disso, Bulhão Martins nasceu em Vila Viçosa!»

(E tem experiência consular?) - «Que pergunta! Bulhão Martins, para além de ter prestado serviço nas embaixadas em Bissau, Dakar, Roma e Caracas, já foi cônsul-geral em Sidney e em Hamburgo. Os senhores deviam saber isso. Não façam perguntas de estagiário.»

2 – (O ministro Freitas do Amaral vai ao Brasil na próxima semana. Novidades?) - «O dia 5, pelas indicações de que dispomos não confirmadas, será com agenda carregada em Brasília, designadamente um encontro com o Presidente Lula e conversações com Celso Amorim. Freitas do Amaral aceitou formalmente convites para o Brasil, Angola, São Tomé e EUA. Começa pelo Brasil. Estamos em crer que será uma visita em cheio – está lá Seixas da Costa!»

(Pode destacar três pontos importantes para essas conversações?) - «Outra pergunta de estagiário… Com certeza UE/Mercosul, mais do que certo a Lusofonia/CPLP, sem dúvida Brasil/Portugal, naturalmente a reforma da ONU.»

3 – (Quais os resultados do Barómetro NV sobre o Instituto Camões?) - «Os resultados valem o que valem, como sabem, e são estes: 71,9 por cento dos participantes sugeriram a mudança de direcção do Camões, 20,66 por cento manifestaram-se p+ela extinção do Instituto e apenas 7,44 por cento preferem que tudo fique na mesma. A sondagem já terminou.»

(E qual o tema do próximo barómetro?) - «A próxima pergunta aos leitores de NV será ‘Freitas fez bem em ameaçar com o bloqueio do Orçamento da UE?’ Vocês não acham que é uma boa pergunta?»

4 – (A conversa de ontem com o Sindicatos dos Trabalhadores Consulares e Missões Diplomáticas retirou figurino a estes briefings…). «Não retirou. Falar é sadio, ouvir ajuda ao diagnóstico, ter paciência é a melhor terapêutica e formular problemas vale por todas as posologias.»

(E há reacções?) - «Claro que há.»

(Dê um caso concreto) - «Como sabem, Fernanda Leitão foi citada pelos sindicalistas que ontem encheram esta sala e enviou uma réplica que a seu tempo será colocada em NV.)

(O senhor referiu-se ao site dos sindicalistas. Há mais sites no âmbito dos funcionários do MNE?) - «Há mais. É o caso da Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses, é o caso da Associação de Cônjuges dos Diplomatas Portugueses - onde se escreve Buletim, com u, pois… - e há ainda uma página da Associação Mutualista Diplomática Portuguesa. Brevemente falaremos destas entidades.»

5 – (Cavaco, na conferência que fez na Faculdade de Economia do Porto, defendeu o aumento das exportações. Rendeu-se à diplomacia económica?) – «Não há nenhuma novidade nesse apelo. Há dezenas de anos que se sabe isso e se alerta para isso, com os sucessivos governos a revelarem-se incapazes de montar uma diplomacia comercial efectiva e entretendo ou consumindo o tempo nas guerras inúteis entre departamentos governamentais. Quando foi primeiro-ministro, Cavaco poderia ter dito o mesmo e as palavras teriam então outro sentido. Foram-se inventando soluções sem formular o problema.»

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