No pasa nada. Sobre a reunião de Badajoz, prosseguem as dicas. E as dicas apontam para que tudo estará a correr sobre rodas - esclarecimentos a contento na electricidade, avanço para o mercado do gás, cooperação transfronteiriça com o envelope financeiro da UE (2007-2013) em correio azul, a importantissima protecção do lince, calendário para o TGV, uma ponte entre Verin-Chaves, generosidades na ciência e na saúde... enfim, matéria para engalanar convenientemente o comunicado final, num cenário de ministros e chefes de governo sorridentes.
No plano estritamente político, no lado de lá, sugerindo-se já uma «frontera invisible», já se diz que «se dará forma a una alianza estratégica ibérica para afrontar la agenda internacional», a pretexto da presidencia portuguesa da UE (que dirão os alemães?) e espanhola da OSCE (que dirão os britânicos e franceses?). E quanto à língua e cultura, a Extremadura é convertida em «lugar propicio» do Cervantes e do Camões - ali é que o lince vai falar.
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