05 março 2007

Consulados. Balbúrdia

A propósito da balbúrdia consular. A agência Lusa reportava ontem afirmações atribuídas a fonte oficial, depois fonte da Secretaria de Estado das Comunidades, segundo a qual,
    1 - "O número de portugueses não é critério (para a reestruturação consular), mas antes o número de actos consulares (emissão ou renovação de documentos)"

    2 - "Lamentavelmente as pessoas estão a ser enganadas e o que não passa de um estudo preliminar foi-lhes apresentado pelos parceiros como um projecto final"

Diga-se o seguinte:
    1 - Os critérios usados para se chegar à elaboração da proposta, foram explicitados no documento apresentado e circulado pelos «parceiros». Contrariamente ao que terá dito a «fonte oficial» - continuamos nesta: se é oficial, não se percebe porque não é identificada - tais critérios foram com exactidão aqueles que NV descreveram em 18 de Fevereiro AQUI. O número de portugueses (residentes e inscritos) vem à cabeça, o número de actos consulares segue-se. Nenhuma fonte oficial pode afirmar que o número de portugueses «não foi critério». Assumidamente foi.

    2 - O documento circulado não termina com um «estudo preliminar» mas exactamente com a proposta. É uma irresponsabilidade e uma leviandade afirmar-se, com rosto oficial mas encoberto, que «as pessoas estão a ser enganadas» sem explicitar quem está a enganar e no que se anda a enganar. Se é este o caso, deve dizer e depressa, para que a balbúrdia não aumente. É inacreditável que uma fonte oficial faça juízos de intenção não suportados.

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