- É que por este andar, Paulo Casaca já não será apenas um eurodeputado. É já quase um instituto, porque para fundação já faz mais que muitas.
E não é que, amanhã, em Bruxelas, ele promove uma conferência sobre «um dos capítulos mais dramáticos e desconhecidos da História do século XX», como se anuncia?
Trata-se do assunto dos "Refugiados Judeus nos Países Árabes", o chamado "êxodo silencioso" e que se relaciona com o abandono e expulsão massiva de judeus procedentes de países árabes e islâmicos e que tiveram lugar nos anos posteriores à guerra israelo-árabe de 1948. A conferência promovida por Paulo Casaca conta como oradores principais Moïse Rahmani, autor do livro Réfugiés juifs des pays arabes - L'exode oublié, e Stanley Urman, director da Organização Justice for Jews from Arab Countries.
Seguindo os termos do anúncio, a emigração de judeus revelou-se como sendo a etapa final de um quadro de discriminação, violência, perseguição e confiscação de bens. Aproximadamente dois terços da população judaica procurou refúgio no Estado de Israel, mas países como a França, Estados Unidos ou Canadá, constituíram outros destinos habituais.
- Mais do anúncio, aí por 1948, o número estimado de judeus a viver em países árabes era de cerca de um milhão. Hoje em dia, calcula-se que sejam menos de cinco mil. Enfim, porque as tristezas não pagam dívidas, comentemos que cinco mil ainda é número a ter em conta, mas anda perto do número de algarvios que procuram refúgio... no próprio Allgarve. Claro que a merecer conferência, mas Paulo Casaca não está em todo o sítio.
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