É que os المحررين das Necessidades continuam mal com o português por amor do inglês, mal com o inglês por mancebia com o francês, e, pior do que isso, mal com todas as grafias traídas conjugalmente por amor à pronúncia que é um grande harém…
Ora vem Sheik falar com o ministro, ora vai o ministro ao encontro do Cheik, e tendo acontecido até chamar-se a uma irmã de xeque, nada mais nada menos do que Sheikha.
Agora, com a vinda do xeque do Qatar, inovou-se: a nota das Necessidades chama-lhe xeique… o que, nesse i concubino, não é português, nem inglês, nem francês e muito menos espanhol pois os espanhóis despromovem o x de xeque no j do seu jeque.
Mas é bem possível que o xeque Hamad Bin Jassim Bin Jaber Al Thani, em algum momento de pausa à falta de tanto chá, diga a Amado: “Ministro! Diga à sua rapaziada que eu sou é شيخ que em português é xeque e caso contrário não petróleo!”
Todavia, sejamos tolerantes para o dialecto das Necessidades que é o necessidadês, dialecto este em que as palavras são pronunciadas com os dentes entrelaçados como dois garfos que tratam logicamente as palavras às garfadas. Necessidês, pois.
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